Manifestação do MST causou cancelamento de viagem para mais de 1,6 mil ageiros; Trem volta a operar neste sábado
A circulação na ferrovia Carajás foi normalizada no início da noite desta sexta-feira (23), após mais de 30 horas de interdição causada por uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em trecho localizado no município de Parauapebas, sudeste do Pará.
A Vale, empresa responsável pela ferrovia, informou que obteve uma liminar de reintegração de posse junto ao juízo plantonista de Parauapebas e, após a desocupação, realizou inspeções e manutenções na linha férrea para assegurar as condições operacionais e garantir a segurança de ageiros e da malha ferroviária.
A ocupação impactou diretamente a circulação do Trem de ageiros, resultando no cancelamento de viagens para mais de 1,6 mil usuários que fazem o trajeto entre os estados do Pará e do Maranhão. A empresa confirmou que os trens voltarão a operar normalmente neste sábado (24), com a partida prevista de São Luís (MA) com destino a Parauapebas (PA).
Repercussão e esclarecimentos
A Vale esclareceu ainda que as demandas relacionadas à reforma agrária são de responsabilidade dos órgãos públicos competentes, como o Incra, e ressaltou que mantém diálogo com o órgão federal. A empresa citou como exemplo o acordo firmado com o Incra em abril deste ano, mas informou que o mesmo não tem relação direta com o protesto ocorrido nesta semana.
Atendimento ao público afetado
ageiros que tiveram suas viagens canceladas poderão remarcar seus bilhetes ou solicitar o reembolso do valor pago, respeitando o prazo de até 30 dias. Para mais informações, a Vale disponibiliza o canal de atendimento Alô Vale – 0800 285 7000.
A desocupação marca o fim de um ime que afetou não apenas a logística ferroviária da região, mas também a rotina de centenas de famílias que utilizam o trem como meio principal de deslocamento entre os dois estados.
